Com 100 anos de vida, José Antonio Ortega e Nathan Thomaz da Silva, foram contemplados sexta-feira, dia 3, com a Medalha Centenária em solenidade promovida pela Câmara Municipal de Penápolis. A homenagem destacou várias passagens dos centenários de momentos de falta de estrutura em questões básicas e a superação de dificuldades por eles, somando trabalho e apoio à família. A entrega da Medalha Centenária para José Antonio Ortega foi feita pelo vereador Francisco José Mendes, o Tiquinho (PSDB). Nathan Thomaz da Silva ganhou a honraria através do vereador Carlos Alberto Soares da Silva, o Carlão da Educação.
Desde a sua criação em 2002, a partir de projeto do então vereador Zeca Monteiro, a Medalha Centenária teve entrega para 22 centenários.
Vida: Com descendência de espanhois, filho de João Ortega e de Maria Encarnaçon Louzano, José Antonio Ortega nasceu dia 19 de maio de 1918 em Penápolis. No bairro rural Saltinho do Coroados, ainda criança, já ajudava a família na roça com pequenos trabalhos, até passar para a enxada na lavoura de café e depois para diversas outras atividades no setor. Em cerca de 4 meses, aprendeu noções básicas de escola. Por vários anos, diante de pouca estrutura de acessos nas primeiras décadas de Penápolis, quase não ia até a cidade. Ao mudar-se do sítio para a cidade, trabalhou como charreteiro, leiteiro e carroceiro. Casado com Josefina Caputo, tem os filhos Maria de Lourdes, José Rubens, João Rafael e Antonio Aparecido.Aos 100 anos de vida, mantém alguns costumes e gostos que ele mesmo realiza, como o preparo do café. Com orgulho, coleciona grande quantidade de troféus conquistados em torneios de truco, jogo que ele ainda disputa.
Nathan: Filho de José Thomaz da Silva e de Ana Maria de Jesus, Nathan Thomaz da Silva nasceu dia 30 de março de 1918 na Fazenda Vassoral, em Pontal-SP, interior de São Paulo. É o primogênito numa família de 3 irmãos: Nathan, Lurdes e Aparecida. Aos 7 anos de vida aprendeu a cozinhar através de sua mãe. No trabalho em casa, várias atividades, como cuidados com o pomar e as galinhas. Com a mesma idade ficou órfão de mãe, falecida com a doença de fogo selvagem. Em seguida muda-se com seu pai para a Fazenda dos Fogolim, em Lins e depois para Penápolis. Após morar com uma prima de seu pai, foi adotado pela professora Adelaide Reis, de Promissão, através de quem aprendeu a ler e escrever. Com o casamento de seu pai com Maria Borges, voltou a morar com ele no Bairro do Bonito. Ganhou mais seis irmãos: Álvaro, Madalena, Francisco, Terezinha, Isabel, Raquel. Casou-se Conceição Gonçalves em 25 de dezembro de 1948, tendo os filhos Maria de Lurdes( que faleceu no parto), Luiz Antônio, Ana Maria, José Roberto e Neide Maria. Trabalhou como pedreiro, carpinteiro, serrareiro, com horta, ajudante em torrefação e na fabricação de vassouras e outros trabalhos artesanais.
