A Câmara Municipal de Penápolis aprovou requerimento de autoria do vereador Carlos Alberto Soares da Silva, o "Carlão da Educação" (PPS), na defesa de revitalização e melhor manutenção do cemitério onde foram enterrados 11 vítimas de ataque de índios caingangues em 1886. O espaço tem localização a 11 km da zona urbana, nas imediações do Ribeirão Lajeado e da Rodovia Assis Chateaubriand (sentido Penápolis/Barbosa), onde Penápolis teve possibilidade de ser formada com o Patrimônio Nosso Senhor dos Passos, o qual perdeu avanço pelo interesse maior pela passagem da linha férrea às margens do Córrego Maria Chica. Carlão da Educação pede capinação e melhores identificação e proteção ao local. "O aspecto histórico do cemitério é muito importante para Penápolis. O Patrimônio Nosso Senhor dos Passos faz parte de um dos inícios da cidade", diz o vereador.
Massacre: De acordo com relato de historiadores, em setembro de 1886, Joaquim Evaristo Pinto Caldeira, realizava um “mutirão” para cultivo (plantio) de roça em sua propriedade, na região hoje conhecida como Córrego dos Pintos e os índios caingangues (kaingangas), armados de flechas e longos guarantans atacaram exatamente na hora do almoço. Houve uma tremenda luta corpo a corpo em que os civilizados valeram-se de suas ferramentas, da faca, do facão (as armas ficaram na casa da fazenda). Joaquim Evaristo conseguiu escapar, tendo chegado em sua casa com uma flecha encravada em suas costas., que teria sido retirada por Marcos Evangelista Goulart, na ocasião ainda menino e que era irmão de Maria Cassiana da Conceição Goulart, esposa de João Antonio de Castilho, pais de Ana Melvira, sogros de Eduardo José de Castilho. Alguns outros também conseguiram escapar, como Américo Isaias, Manoel Mendonça, João Pereira e Manoel Lucindo. Os mortos foram José Hilário Paulino, Joaquim Carlos de Castilho (conhecido como Joaquim Zeferino), João Mendonça, Francisco Mendonça, José Martins, João Honório, José Pinto Caldeira, Francisco Pires, João Pinto Caldeira, Manoel Pereira e João Pinto Sobrinho. Duas vítimas estavam empalamadas, isto é, tinham uma vara introduzida do ânus até a jugular. Os índios fariam isso se ainda havia vida após ao ataque.