A Câmara Municipal de Penápolis aprovou segunda-feira, dia 11, por unanimidade, em 1ª discussão, projeto do Executivo para a instituição da Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari), uma das primeiras etapas para a municipalização do trânsito na cidade. A votação foi antecedida com levantamento de informações na sessão através da participação do secretário municipal de Trânsito, Mauro Olympio, do diretor da empresa Comércio e Serviços de Trânsito e Meio Ambiente (Coesma), Eduardo Marques de Almeida Junior e do superintendente regional de Trânsito da Região de Araçatuba, João Morães Fagá Neto. A discussão com os convidados foi requerida pelo vereador Carlos Alberto Soares da Silva, o "Carlão da Educação" (PPS). Ele defendeu avanços para melhoria do trânsito através da ampliação do número de vias com mão única de direção e pediu atendimento para construção de lombadas em casos de grandes riscos de acidentes. "Tem trechos bastante perigosos, onde podemos perder vidas", considerou "Carlão da Educação". Segundo Mauro Olympio, existe resolução em nível federal com proibição de lombadas. Sobre novas vias preferenciais, o secretário de trânsito informou que são feitos estudos para a efetivação.
Os vereadores tiveram informação do superintendente regional de Trânsito da Região de Araçatuba de que Penápolis tem deixado arrecadar expressivos valores por causa da falta da municipalização do trânsito. O convidado relatou estimativa de que o município poderia ter recebido R$ 410 mil das multas aplicadas entre janeiro de agosto de 2017. De acordo com João Morães, foram feitas 4.635 penalidades nesse período na cidade com destinação da receita para o governo estadual.
O vereador Evandro Tervedo Novaes (DEM), questionou se a partir da municipalização do trânsito, poderia haver parceria com a Empresa Municipal de Urbanização de Penápolis (Emurpe), para desenvolvimento de projetos e sinalização no setor, semelhante ao que acontece em Bauru. O democrata também pediu informações sobre como seria a aplicação das multas com a municipalização do trãnsito. O diretor da Coesma afirmou que a viabilidade mais indicada e rápida para realização das infrações é por meio de parceria entre a administração municipal e a Polícia Militar.
A 2ª e última discussão do projeto da Jari pela Câmara Municipal será na sessão do dia 18.