Atualmente o estado do "cemitério dos índios", oficialmente denominado "Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos”, onde estão sepultados os corpos dos desbravadores, mortos durante confronto a tribo Caingangues em 1886 é de total abandono.
Entendemos que é preciso conservá-lo, pois se trata de um patrimônio público, de grande relevância histórica, localizado próximo às margens do Ribeirão Lajeado e da Rodovia Assis Chateaubriand, cerca de 11 km da zona urbana do município de Penápolis.
Sugerimos, ainda, a instalação de uma placa indicativa direcionando os interessados para aquele importante ponto turístico, que precisa ser revitalizado e fazer parte dos roteiros de visitação pública, inclusive para grupos de alunos das escolas públicas municipais e estaduais, bem como à rede particular de ensino do município.
No ano de 1863, o pioneiro José Pinto Caldeira e esposa Gertrudes, doam 100 alqueires de terras a Nosso Senhor dos Passos, 50 alqueires de cada lado do Ribeirão Lajeado, para formação de um Patrimônio (povoado ou vila), um dos "começos de Penápolis". Em setembro de 1886, Joaquim Evaristo Pinto Caldeira realizava um mutirão para cultivo (plantio) de roça, em sua propriedade, na região hoje conhecida como Córrego dos Pintos e os índios Caingangues (kaingangas), armados de flechas e longos guarantans atacaram na hora do almoço, sendo mortos: José Hilário Paulino, Joaquim Carlos de Castilho (conhecido como Joaquim Zeferino), João Mendonça, Francisco Mendonça, José Martins, João Honório, José Pinto Caldeira, Francisco Pires, João Pinto Caldeira, Manoel Pereira e João Pinto Sobrinho. Com o massacre, houve abandono da região, com sua retomada de ocupação somente anos depois.