A Câmara Municipal de Penápolis promoveu quinta-feira, dia 12, homenagem com o título de Cidadã Penapolense à arquiteta Sandra Paro e à poetisa Cora Coralina (post mortem). A entrega da honraria foi feita pela vereadora Professora Jandineia (PT), autora dos projetos para as homenagens. Cora Coralina foi representada pela advogada e escritora Alda Alves, a qual teve convivência com a poetisa por volta de 1968 e tornou-se sua amiga. As homenageadas foram destacadas pelo notável trabalho e projeção de Penápolis.
Sandra Paro: Filha de Antonio José Paro e de Láide Torres Paro, Sandra Maria Torres Paro é a primogênita de seis irmãos: Sandra, Pedro, José Roberto, Tânia, Jacqueline e Antônio Joaquim. Possui descendência de italianos por parte de pai e de espanhóis por parte de mãe. Sandra, cuja família é de Penápolis, nasceu dia 6 de outubro de 1956 em São Paulo em época de moradia de seus pais na capital paulista por motivo de estudos. Nos primeiros anos em São Paulo, vivencia ambiente em casa da família, de seu avô Manoel Torres, dotada de várias obras de arte. Com a finalização de curso de faculdade por seu pai, Sandra e família fixam-se em Penápolis, e ela recebe mais influências para a arte. Para cursar faculdade de arquitetura, na década de 70, volta a morar em São Paulo. Em 1984, após vários anos atuando com arquitetura na capital paulista, muda-se para Recife, onde se volta mais para o lado artístico e cria seu próprio ateliê. Numa viagem à europa, desperta grande interesse pela arte do mosaico e passa a desenvolvê-la com sucesso. Em mais de 35 anos em Recife, produziu diversos trabalhos artísticos, projetando-se de formas nacional e internacional com várias exposições. Em 2023 retornou com moradia em Penápolis, onde já tem expressivas obras de mosaico, como na Praça Dr. Carlos Sampaio Filho e implanta a Vila 3 Marias, voltada para artes. Participa ativamente na fundação e trabalho da Academia Penapolense de Letras.
Cora Coralina: Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina, nasceu dia 20 de agosto de 1889 na cidade de Goiás. Em Penápolis ela viveu e trabalhou entre 1936 e 1942, quando ainda era conhecida apenas com nome Aninha e não tinha nenhum livro publicado, destacando-se como uma das lideranças na fundação do sindicato do comércio. Cora Coralina, que cursou somente as primeiras quatro séries e começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, tendo publicado seu primeiro livro quando tinha quase 76 anos de idade, tornou-se uma das maiores referências da literatura no Brasil. Faleceu aos 95 anos de idade no dia 10 de abril de 1985 em Goiânia.
