Com um século de fundação completado neste ano, a Capelinha do Lageadinho foi contemplada segunda-feira, dia 18, com o Troféu Centenário, em cerimônia promovida pela Câmara Municipal de Penápolis. A indicação e a entrega da honraria ocorreram através dos vereadores Francisco José Mendes, o Tiquinho (MDB) e Altair Reis (PL). A Capelinha do Lageadinho foi representada pelo seu coordenador, Georges Fernandes, presidente padre Marcos Aurélio Ramos e ex-presidente padre Rodrigo Morialli.
História: A Capelinha do Lageadinho foi criada em 25 de junho de 1925, um presente para a jovem Penápolis que completava 17 anos. de fundação. Foi erguida em terras doadas pelas famílias de Manoel Francisco dos Santos e Luís Relva, com o apoio dos freis capuchinhos e autorização do Frei Thiago de Cavedino. Sob a liderança de Manoel Francisco, a comunidade trabalhou unida para construir a Capela Sagrado Coração de Jesus. Desde o início, ela foi mais que templo religioso: tornou-se lugar de fé, encontros, festas, leilões e momentos de união. Com o declínio das lavouras de café, muitas famílias deixaram o bairro. Em 1968, a Capela fechou suas portas. Dois anos depois, ganhou novo alento graças a José Messias, o “Zé Prego”, que reformou suas paredes com recursos próprios. Ainda sem missas, foi mantida viva pelas mulheres do bairro, que rezavam mensalmente o terço à tarde em função da falta de energia elétrica. Após décadas de resistência silenciosa, em 1993 a Capelinha reviveu. A mobilização da comunidade, junto com o apoio do Frei Haroldo Benetti, trouxe de volta a primeira missa em muitos anos. No mesmo período, a catequese retornou e a primeira turma de Eucaristia foi formada. A Capelinha, porém, ainda tinha diversas deteriorações. Sob incentivo do senhor Luiz Guerreiro, nasceu a primeira comissão da Capela, formada por Isaías dos Santos Mateus, Antonio de Falchi, Orlando Mian, Pedro Marques Corrêa Filho e George Fernandes. Com esforço coletivo, abriram poço, puxaram energia elétrica, construíram banheiros e, em 1995, realizaram a primeira quermesse. O sucesso custeou novas reformas. Em 1996 veio a segunda turma de Eucaristia e, em 1997, iniciaram-se as crismas. Fortalecida, a Capelinha retomou seu papel de guardiã da fé e da memória. Ao longo dos anos, acolheu celebrações, catequese, festas comunitárias e tornou-se referência espiritual da região. No dia 27 de junho de 2025, celebrou 100 anos de existência. Um século marcado por fé, resistência e união.
